Oscilação Oral de Alta Freqüência Associada a Ventilação Mecânica

Introdução
A Oscilação Oral de Alta Freqüência (OOAF), ou Oral High Frequency Oscillation (OHFO), vem sendo estudada como um novo recurso fisioterapêutico, desde a  década  de  80,  como sendo uma técnica  de  desobstrução brônquica. Para  GAVA  e ORTENZI  (1998),  a  OOAF  pode  ser  utilizada  como  coadjuvante  à  Fisioterapia  Respiratória no tratamento de doenças pulmonares que se caracterizam pelo aumento de secreção  brônquica.  

É  atribuído  a  OOAF  o descolamento  da  secreção  brônquica, o aumento da função pulmonar e a melhora da oxigenação. Diversos autores descrevem sobre os aparelhos que estão disponíveis no mercado. Contudo, apresentam uma forma básica que lembra um  pequeno cachimbo, em que,  no seu interior existe um canal, onde está acentuada uma pequena  esfera de  aço. 

Na  realidade, é um fiel resistor de limiar  pressórico gravitacional, o  qual permite a frenagem do  fluxo  expiratório, por produzir  curtas  e  sucessivas  interrupções  à  passagem  do  fluxo,  que  permitem  uma repercussão oscilatória produzida por resistor do aparelho, que é transmitida à árvore brônquica.  

Atualmente, existem três modelos distintos no mercado: Flutter, Shaker e Acapella. (VOLSKO et al 2003). CARVALHO (2001) ressalta que a pressão positiva oscilatória, atua promovendo a dilatação dos brônquios até as estruturas periféricas, facilitando deslocamento do muco e inibindo o colapso precoce brônquico, tendo como conseqüência, uma diminuição da resistência respiratória e o aumento do volume de reserva  expiratória. 

CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde


Introdução
A Organização Mundial de Saúde publicou a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), em 2001, que reflete a mudança de uma abordagem baseada na doença para enfatizar a funcionalidade como um componente da saúde. 

Reumatologia Prática


Autor: 
José António Pereira da Silva
Professor de Reumatologia e Medicina Interna (MD. PhD)
Faculdade de Medicina de Coimbra - Portugal

Editora:
Diagnósteo, Lda.

Ano:
2005

Terapia de contenção induzida na reabilitação do membro superior em AVC




Terapia do movimento
No período seguinte ao AVC, é observada uma diminuição nas áreas de representação cortical dos músculos afetados, pois como estes não estão trabalhando, sua área correspondente no cérebro não é estimulada. Para tentar superar ou diminuir os efeitos do não-uso aprendido, uma das práticas que vem sendo utilizada é a Constraint-Induced Movement Therapy (CI-therapy) ou uso-forçado, que tem demonstrado aumentar as mudanças plásticas favoráveis à recuperação.

Característica dos Sinais Clínicos de Inflamação, Reparo e Maturação Tecidual


Estágio Agudo (Reação Inflamatória)
Início: Nas primeiras 48 horas.
Término: 4 a 6 dias após a lesão.

Características:
1. Alterações vasculares;
2. Exsudação de células substâncias químicas;
3. Formação de coágulo;
4. Fagocitose, neutralização de irritantes;
5. Atividade fibroblástica inicial.

Sinais Clínicos:
1. Inflamação;
2. Dor antes da resistência do tecido.

Intervenção fisioterapêutica:
Fase de Proteção
1. Controle dos efeitos da inflamação;

Técnicas fisioterapêuticas:
1. Mobilização/repouso seletivo
2. Promover a cicatrização e prevenir efeitos prejudiciais de repouso
3. Movimento passivo, contrações isométricas leves com cautela.

"Não Puli"


Não Puli! Campanha de Prevenção de Acidentes Por Mergulho

Reabilitação do Paciente Com Trauma Craniencefálico: Revisão de Literatura



Introdução

Os mecanismos responsáveis pela lesão cerebral variam de acordo com a idade do paciente. Geralmente o trauma em crianças ocorre por quedas ou abusos e para as crianças com mais idade e os adultos são comprometidos primariamente por lesões de alta velocidade, lesão não-penetrante ou lesão penetrante em consequência de violência pessoal. As lesões relacionadas aos meis de transportes como as automobilisticas (carros, motos, etc.) e pedestres são as mais comuns, seguidas de quedas e agressões.

Ausculta Pulmonar Básica

Sons de uma respiração normal

A respiração produz turbulência aérea e vibração das estruturas pulmonares produzindo os sons da respiração. Observamos que ainda não existe uma unidade de conceitos e classificação desses sons.

 SOM TRAQUEAL


É o som produzido na traquéia pela passagem do ar e é audível na região anterior do pescoço sobre a traquéia. Alguns autores dão o nome a este de som bronquial, uma vez que é muito semelhante e de praticamente mesma sonoridade.

SOM BRONQUIAL



O som bronquial corresponde ao som traqueal audível na zona de projeção de brônquios de maior calibre, na face anterior do tórax, nas proximidades do esterno. È chamado de murmúrio brônquico.


SOM VESICULAR



O som vesicular é formado pela passagem do ar pelo parênquima pulmonar (como dos bronquíolos para os alvéolos). .É caracterizado por uma inspiração de intensidade de duração maior, bem audível, suave, e, logo a seguir, uma expiração curta e pouco audível. È chamado de murmúrio vesicular e é ouvido normalmente na maior parte do tórax. 


SOM BRONCOVESICULAR



Neste tipo de respiração, somam-se as características brônquicas com do murmúrio vesicular. Deste modo, a intensidade e a duração da inspiração e da expiração têm igual magnitude, ambas um pouco mais fortes que no murmúrio vesicular, mas sem atingir a intensidade da respiração brônquica. È chamado de murmúrio broncovesicular.


reabilitação físico-funcional nas lesões do plexo braquial

Introdução

As lesões do plexo braquial têm graves repercussões no contexto familiar, profissional e qualidade de vida dos indivíduos acometidos, prejudicandoos consequentemente na realização de habilidades funcionais. Em vista disso, todos os esforços da reabilitação física são dirigidos para torná-los o mais independente possível. Após a lesão total da fibra nervosa, ocorre uma degeneração que acontece a partir do Nódulo de Ranvier distal do coto proximal da fibra (Degeneração Walleriana).

A reabilitação sensório-motora é consenso entre os autores engajados em pesquisas que objetivam a recuperação funcional dessa população. A fisioterapia tem como metas manter a amplitude de movimento articular, retardar a atrofia muscular por desuso e reeducar os grupamentos musculares.

Anatomia

O plexo braquial é formado pela união dos ramos anteriores de C5 a T1, emergindo entre os músculos escaleno anterior e médio. Em muitos casos recebe a contribuição de C4, quando é chamado de pré-fixado. Nos casos em que esta contriuição é de T2, chamamos de pós-fixado. Os ramos posteriores das raízes não fazem parte do plexo braquial e inervam a musculatura do pescoço.

A complexa formação do plexo braquial inicia-se com o tronco superior, que resulta da união das raízes de C5 e C6. O tronco médio corresponde a raíz de C7, e o tronco inferior se origina das raízes de C8 e T1. Cada tronco se subdivide em uma porção anterior e posterior.

A divisão anterior do tronco superior e do médio forma o fascículo lateral, a divisão posterior dos três troncos origina o fascículo posterior e a divisão anterior do fascículo inferior continua como fascículo medial. Os fascículos estão localizados na região infraclavicular profundamente ao músculo peitoral menor, e recebem estas denominações por sua relação anatômica com a artéria axilar.

Outra relação importante com o plexo braquial é o gânglio simpático que se encontra logo abaixo da raíz T1, que é chamado gânglio cervicotorácico ou estrelado, e mantém comunicações com T1. Lesões desta região acarretam a diminuição do sistema simpático, levando ao predomínio do parassimpático, resultando em ptose palpebral, enoftalmia e miose. Este conjunto de sinais é denominado Claude-Bernard-Horner.

O nervo frênico não faz parte do plexo braquial, é formado por ramos de C4 e algumas vezes também recebe fibras de C5, situa-se medialmente ao plexo, sobre o músculo escaleno anterior, e sua identificação é importante no ato cirúrgico.

Os primeiros nervos originados do plexo braquial, logo após o forame vertebral, são o nervo dorsal escapular, ramo de C5 que inerva o músculo elevador da escápula, rombóides maior e menor; o nervo torácico longo, formado por ramos de C5, C6 e C7, inerva o músculo serrátil anterior.

reabilitação funcional em fratura diafisária de fêmur fixada com haste intramedular na fase hospitalar


 Introdução
A técnica cirúrgica caracteriza-se por uma fixação utilizando dois parafusos proximais e dois parafusos distais sobre uma haste intramedular. Geralmente essa intervenção cirúrgica é utilizada em pacientes com fraturas graves como as diafisárias e cominutivas do fêmur. Essa técnica permite uma união das fraturas de mais de 99%, estatísticas associadas à velocidade de recuperação, de deambulação, movimentação do joelho e tempo de permanência no hospital.

Baseados nesses excelentes resultados alguns ortopedistas aderem a essa técnica a fraturas que normalmente consolidar-se-iam muito bem com apenas o tratamento conservador, evidenciando a necessidade de avaliação e determinação da melhor técnica para cada paciente com maior critério.

Objetivos de Tratamento da Fisioterapia
Os objetivos primordiais da reabilitação no paciente fraturado devem visar principalmente o alívio da dor, redução de edema, manter ou restaurar a amplitude de movimento das articulações, preservar a velocidade de consolidação da fratura pela atividade e retornar o paciente à função o mais precocemente possível, é de fundamental importância que este tratamento se dê o mais rápido possível após o ato cirúrgico, para que os resultados sejam mais significativos e mais rápidos.

Minimizar os efeitos deletérios da Síndrome da Imobilidade, muitos deles podem colocar a vida do paciente em risco. Acker, Murphy & D`Ambrosio (1995), relatam que há muito tempo atrás pesquisadores ligados a reabilitação já sugeriam a existência de uma síndrome da imobilização, síndrome esta resultante do prolongado repouso e imobilização devido a enfermidades e traumatismos, sendo que a base da síndrome é um desequilíbrio da relação normal entre o repouso e a atividade física, dois processos biológicos que são essenciais à preservação da condição física ótima nos homens.

Os efeitos deletérios têm por alvo sistemas e órgãos do corpo humano. O respiratório e o sistema digestivo são alterados frente ao repouso prolongado, a fisioterapia tem como objetivo nesta fase da reabilitação, minimizar as seqüelas do P. O encontradas no paciente em reabilitação ambulatorial, além de acelerar a recuperação funcional do paciente em fase hospitalar, visando um retorno mais breve as suas atividades de vida diária, prevenindo com isso os efeitos deletérios da imobilização.Os principais riscos:

Fisioterapia Paliativa Onco-Funcional Em Pacientes Com Dor Oncológica


 INTRODUÇÃO
Cuidados Paliativos são conhecidos como abordagens que melhoram a qualidade de vida dos indivíduos e familiares na presença de doenças terminais. Controle dos sofrimentos físicos, emocionais, espirituais e sociais são aspectos essenciais e orientadores do cuidado.

Historicamente os cuidados paliativos eram oferecidos essencialmente aos indivíduos com câncer, entretanto, esse tipo de assistência ganhou prestígio e cresceu o interesse em oferecê-los aos indivíduos portadores de doenças terminais. (SILVA; HORTALE, 2006).

Segundo a Associação Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP), no Brasil a pesar dos dados não serem oficiais, existem cerca de 31 serviços de cuidados paliativos. O Brasil ainda não possui uma estrutura pública de cuidados paliativos oncológicos adequada à demanda existente, tanto sob o ponto de vista quantitativo e qualitativo. Em pior situação encontra-se o subsetor privado de saúde. Preocupante é reconhecer que a maioria dos indivíduos com câncer procura a rede pública de saúde quando a doença já está em estágio avançado e elegível apenas para os cuidados paliativos. (SILVA; HORTALE, 2006).

A Fisioterapia Paliativa aborda o paciente terminal em seus aspectos éticos e filosóficos exigidos no tratamento desses pacientes, intervindo positivamente nos cuidados analgésicos, nas intervenções sintomáticas psicofísicas, complicações osteomioarticulares ou qualquer complicação que o paciente venha a desenvolver e a Fisioterapia possa ser útil. (MARCUCCI, 2005).

Mobilização do Sistema Nervoso

Introdução
A mobilização do sistema nervoso (Elvey, Butler) tem se tornado recentemente um meio popular de tratamento físico da dor neurogênica. Parece haver um enorme potencial para este método, pois, em circunstâncias apropriadas, proporciona uma forma de direcionar a terapia mecânica especificamente para os nervos, mais que para outras estruturas.

O termo “alongamento neural“ para descrever o seu tratamento para os nervos. O nervo seria sensível a um alongamento se fosse afetado por uma tensão mecânica adversa. Nervos são estruturas viscoelásticas e, portanto, podem responder a procedimentos de mobilização. Porém, alongamento implica em aumento permanente do comprimento, e ainda permanece inexplicado se isto pode ser benéfico.

FES em Pacientes Com Hemiplegia


Introdução
A Estimulação Elétrica Funcional (FES do inglês “Functional Electrical Stimulation”) consiste na estimulação elétrica de um músculo privado de controle normal para produzir uma contração funcional. Esta estimulação despolariza o nervo motor, produzindo uma resposta sincrônica em todas as unidades motoras do músculo estimulado, melhorando seu trofismo.

A hemiplegia, ou paralisia de um lado do corpo, é um sinal clássico de doença neurovascular do cérebro, levando a um comprometido cerebral em vários níveis e dependendo do nível cerebral, temos várias conseqüências como compromento físico, sensorial e mental.

A estimulação elétrica funcional é uma técnica utilizada em Fisioterapia, com objetivos principais de reeducação muscular, retardamento de atrofia, inibição temporária de espasticidade e redução de contraturas e edemas. Essa técnica é formulada para intervir diretamente na dinâmica do controle sensoriomotor, restabelecendo o feedback proprioceptivo bloqueado nas tentativas de movimento muscular.

Anormalidades do Tônus Muscular


Introdução
Tônus é o estado de relativa tensão em que se encontra permanentemente um músculo normal em repouso. As alterações do tônus podem ser de aumento (hipertonia), diminuição (hipotonia) ou ausência completa (atonia). Tônus muscular clinicamente é a resistência encontrada quando uma articulação em um paciente em estado de relaxamento é movida passivamente. Tônus é a resistência de um músculo ao alongamento passivo ou estiramento.

A resistência se deve a fatores como a inércia física, rigidez mecânico-elástica intrínseca do músculo e dos tecidos conjuntivos e a contração muscular reflexa (reflexo tônico de estiramento). Como raramente um músculo trabalha isoladamente, é fundamental considerar a interferência de todos os tecidos moles quando se avalia o tônus muscular.

Na prática o tônus muscular pode ser avaliado de duas maneiras. Segurando-se um membro relaxado do paciente e movendo enquanto observa-se a quantidade de esforço necessária para superar a resistência – o tônus muscular. Alternativamente, pode-se observar como um membro responde a uma agitação ou ser solto subitamente, quanto maior a resistência ao movimento mais rígido o membro se comporta.

Paralisias com hiporreflexia e hipotonia são denominadas paralisias flácidas. Caracterizam a chamada Síndrome do Neurônio Motor Inferior ou Periférico, que resulta de lesão dos neurônios motores da coluna anterior da medula (ou dos núcleos motores dos nervos cranianos). Nestes casos, ocorre também em pouco tempo atrofia da musculatura inervada por perda da ação trófica dos nervos sobre os músculos.

Paralisias com hiper-reflexia e hipertonia são denominadas Paralisias Espásticas. Ocorrem na síndrome do neurônio motor superior ou central, onde a lesão localiza-se nas áreas motoras do córtex cerebral ou nas vias motoras descendentes, em especial no tracto córtico-espinhal. Neste caso a atrofia muscular é muito discreta, pois os músculos continuam inervados pelos neurônios motores inferiores e o sinal de Babinski é positivo.

Oxigenoterapia

Introdução
A oxigenoterapia é a administração de oxigênio em uma concentração maior do que a encontrada na atmosfera ambiental. Ao nível do mar, a concentração de oxigênio no ar ambiente é de 21%. Uma fração 30 a 50% de FiO2 é facilmente conseguida com uma taxa a partir de 2 l/min. de oxigênio.

O transporte de oxigênio para os tecidos depende de fatores tais como débito cárdico, conteúdo de oxigênio arterial, concentração de hemoglobina e demandas metabólicas. Esses fatores devem ser considerados quando a oxigenoterapia é considerada. Os pacientes que necessitam de níveis altos de FiO2 são tratados com pressão expiratória final positiva (PEEP) em baixas concentrações de O2, objetivando melhorar a oxigenação e a SaO2.

A indicação mais comum é a redução na pressão arterial de oxigênio, devido a trocas gasosas pulmonares anormais. A oxigenoterapia é utilizada em pacientes que apresentam hipoxia tecidual onde a pressão parcial de oxigênio está diminuída. O objetivo do tratamento é aumentar a PaO2 (pressão arterial parcial de oxigênio no sangue) e a SaO2 (saturação de oxiemoglobina arterial), aumentando dessa maneira a CaO2 (conteúdo do oxigênio arterial) e assegurando uma liberação adequada de oxigênio.

Respaldo Legal para Oxigenoterapia e a Ventilação Mecânica pelo Fisioterapeuta
A administração do oxigênio associado ou não a ventilação mecânica pelo fisioterapeuta com finalidade terapêutica está fundamentada legalmente na resolução COFFITO-8, Capítulo I, Disposições preliminares, lê-se:

Artigo Terceiro – Constituem atos privativos do fisioterapeuta prescrever, ministrar e supervisionar terapia física, que objetive preservar, manter, desenvolver ou restaurar a integridade de órgão, sistema ou função do corpo humano, por meio de:

I – Ação, isolada ou concomitante, de agente termoterápico ou crioterápico, hidroterápico, AEROTERÁPICO, fototerápico, eletroterápico ou sonidoterápico, determinando:

a) O objetivo da terapia e a programação para atingi-lo;

b) A fonte geradora do agente terapêutico, com a indicação de particularidades na utilização da mesma quando for o caso;

c) A região do corpo do cliente a ser submetida à ação do agente terapêutico;

d) A dosagem da frequência do número de sessões terapêuticas, com a indicação do período de tempo de duração de cada uma;

e) A técnica a ser utilizada.

Indicações da Oxigenoterapia
Dispnéia ou taquipnéia podem ser um dos primeiros indicadores da necessidade de oxigenoterapia. As alterações na frequência ou padrão respiratório podem resultar de hipoxemia ou hipóxia. A hipoxemia é uma diminuição na tensão do oxigênio no sangue arterial. 

Aspiração Traqueal e a Instilação de Soro Fisiológico

BRUNNER e SUDDARTH, afirmam que nem sempre é necessário instilar soro fisiológico nas vias aéreas e é muito claro e específico quanto às orientações para a sua utilização, transcritas na integra abaixo.

Orientações para Aspiração Traqueal
  • Equipamento
  • Cateteres de aspiração
  • Luvas
  • Óculos para proteção ocular
  • Cuba para soro fisiológico estéril para irrigação
  • Ambu de ressuscitação manual com oxigênio suplementar
  • Fonte de aspiração
Procedimento
1. Explicar o procedimento para o paciente antes de iniciar e oferecer tranquilização durante a aspiração; o paciente pode ficar apreensivo em relação ao sufocamento e à incapacidade de comunicar.

2. Iniciar lavando as mãos completamente.

3. Ligar a fonte de aspiração (a pressão não deve exceder 120 mm Hg).

4. Abrir o pacote do cateter de aspiração.

5. Encher a cuba com soro fisiológico estéril.

6. Ventilar o paciente com a bolsa de ressuscitação e oxigênio em alto fluxo.

7. Vestir a luva estéril na mão dominante.

8. Pegar o cateter de aspiração com a mão enluvada e conectá-lo à aspiração.

9. Hiperinflar ou hiperoxigenar os pulmões do paciente com várias respirações profundas, utilizando a bolsa de ressuscitação manual. Instilar soro fisiológico dentro das vias aéreas APENAS SE existirem secreções espessas e tenazes.

10. Inserir o cateter de aspiração só até o final do tubo sem exercer aspiração, distante o bastante para estimular o reflexo da tosse.

11. Aplicar aspiração enquanto retira e, delicadamente, gira o cateter 360º (por não mais do que 10 a 15 segundos, porque hipóxia e arritmias podem se desenvolver, levando à parada cardíaca).

12. Reoxigener e inflar os pulmões do paciente por várias respirações.

13. Repetir as primeiras três etapas até que as vias aéreas estejam limpas.

14. Enxaguar o cateter na cuba com o soro fisiológico entre as aspirações, SE NECESSÁRIO.

15. Aspirar a cavidade orofaríngea após finalizar a aspiração traqueal.

16. Enxaguar o cateter de aspiração.

17. Descartar o cateter, as luvas e a cuba adequadamente.

Fonte: BRUNNER e SUDDARTH, 2002, pág. 487.

Órteses

Colar Cervical Americano/ Thomas

Indicações: Trauma, torcicolos, patologias degenerativas da coluna cervical.
Características: Confeccionado em polipropileno de alta densidade, estofado nas bordas, almofada de apoio sobre o esterno, altura ajustável, fecho em velcro e lavável.
Tamanho: P, M e G.

Oximetria de pulso e algumas condições que interferem na sua leitura

             Introdução
A hipoxemia é uma condição clínica comum a várias doenças que comprometem o sistema respiratório de forma aguda ou crônica, incluindo não só as pulmonares, mas também enfermidades cardíacas, neurológicas, neuromusculares e de parede torácica. Sua presença traduz-se em risco de óbito, iminente nas condições agudas e graves, aumentado no longo prazo nas formas crônicas, fazendo com que seja fundamental sua detecção, para correção adequada.

A função sexual nas lesões medulares

Introdução
A abordagem desse tema geralmente acontece com um profissional que o paciente sente mais afinidade. Tema este que deve ser conhecido pelo profissional da saúde para aconselhar e esclarecer o paciente da forma mais natural possível.

Profissionais da área da saúde precisam ter cuidado para que as pessoas com incapacidade física possam aprender mais sobre si mesmas, não se limitando a informações focais ou generalizadas, quando não errôneas, a respeito de suas incapacidades físicas. A falta de orientação do paciente, muitas vezes deve-se a falta de orientação profissional.

A trajetória da atividade sexual após lesão medular inclui um período de assexualidade, seguido por um período de redescoberta que ocorre durante o tempo de reabilitação. Apesar de ocorrer um período de “luto sexual” é recomendado um período espera e quando sentir-se pronto dar início à reabilitação da vida sexual. 

Reabilitação Neurofuncional do paciente com Acidente Vascular Cerebral - AVC

Anatomia
Os Acidentes Vasculares Cerebrais são usualmente causados por anormalidades na circulação. No entanto as variações anatômicas são frequentes, e o território que recebe o suprimento de sangue de uma dada artéria não é de todo previsível; como resultado, as síndromes dos acidentes vasculares encefálicos podem não se correlacionar bem com a localização da lesão vascular. Exames de imagem são apropriados para fornecer informações precisas sobre cada paciente individualmente. Pela Clínica que o paciente apresenta é possível determinar a localização vascular do Acidente Vascular Cerebral.

  • Artéria Cerebral Anterior
  • Hemiparesia contralateral, mais acentuada no membro inferior 
  • Perda sensorial contralateral  
  • Alterações do funcionamento esfincteriano anal e vesical  
  • Manifestações mentais, que são mais nítidas e estáveis se o AVC for bilateral 
  • Alterações do comportamento, se o AVC do lobo frontal for intenso.

  • Artéria Cerebral Média
  • Afasia (quando o hemisfério dominante é lesado);
  • Hemiplegia e/ou hemiparesia contralateral, mais acentuada na face e membro superior;
  • Hemianópsia homônima;
  • Hemihipostesia;
  • Apraxia;
  • Alexia.

  • Artéria Cerebral Posterior
  • Síndromes sensoriais talâmicos;
  • Alterações de memória (lesão bilateral);
  • Hemianópsia homônima;
  • Síndrome de Anton;
  • Cegueira cortical, provocada por lesão bilateral dos lobos occipitais associada à agnosia;
  • Dislexia sem agrafia;
  • Hemiplegia fugaz;
  • Ataxia.

  • Artéria Carótida Interna 
  • Hemiplegia contralateral com hemipostesia e afasia (quando o hemisfério cerebral dominante é lesado);
  • Isquemia retiniana com obnubilação ou perda da visão no olho homolateral;
  • Inconsciência no momento da oclusão;
Nota: 40% dos doentes com oclusão da artéria têm, antes do AVC definitivo, ataques isquêmicos transitórios.

  • Artéria Basilar
  • Hemiplegia contralateral ou tetraplegia;
  • Paralisia facial;
  • Disartria e disfagia;
  • Síndrome de Hormes homolateral;
  • Perda de consciência e presença de vertigem. 

  • Artéria Vertebrobasilar
  • Sinais de lesão de nervos cranianos e de conexões cerebelares homolaterais com sinais sensitivos e motores nos membros contralaterais;
  • Síndrome de Weber (lesão localizada nos pedúnculos cerebrais);
  • Paralisia homolateral do nervo óculo-motor comum;
  • Hemiplegia contralateral.
Fonte: IPAF, 2007.

Reabilitação nas Lesões Traumáticas da Pelve

Considerações Anatômicas
Quando avaliamos um trauma pélvico, devemos ter em mente os cuidados com as partes moles, particularmente vasos, nervos e órgãos, os quais estão em contato íntimo com o arcabouço ósseo e que estão potencialmente em risco. A integração destas informações com a aparência radiológica das fraturas nos ajudarão a dar uma impressão do local em que as lesões das partes moles porventura possam ocorrer.

Anatomia Vascular
Os grandes vasos da pelve são: as artérias ilíacas (interna e externa) e os ramos da ilíaca interna. A artéria ilíaca comum divide-se em dois ramos principais ao nível de L5-S1. A artéria ilíaca externa que atravessa a pelve ao longo da borda medial do músculo psoas, tornando artéria femoral ao nível do ligamento inguinal, e a artéria ilíaca interna que fornece uma variedade de ramos irão suprir a parede da pelve, das vísceras pélvicas, dos órgãos genitais e das nádegas.

Os ramos que se encontram mais próximos aos ossos são os mais atingidos. Estes incluem a artéria glútea superior, principalmente quando ela atravessa a goteira ciática; a pudenda; a obturatriz e os ramos vesicais que passam da parede anterior e lateral da pelve.

As artérias sacral mediana, sacral lateral e vasos iliolombares corem intimamente com o osso sacro. A separação das articulações sacroilíacas ou as fraturas posteriores da asa do ilíaco que se estendem a goteira ilíaca podem causar traumatismo na artéria ilíaca interna e glútea superior.

Na prática é geralmente a artéria glútea superior a atingida nas lesões pelo mecanismo de cisalhamento da articulação sacroilíaca, atuando como um gancho sob a goteira ciática bem próxima a esta articulação.

Reabilitação Funcional em pacientes com AVC através do fortalecimento e condicionamento muscular: esclarecendo velhos mitos

             Introdução

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define o acidente vascular cerebral (AVC) como uma síndrome clínica com desenvolvimento rápido de sinais clínicos de perturbação focal ou global da função cerebral, com possível origem vascular e com mais de 24 horas de duração.

No Brasil, o AVC é considerado a principal causa de morte. Além disso, estudos realizados nas cidades de Salvador e Joinville indicam incidência em adultos jovens variando de 0,08% a 0,18%. Apesar de a prevalência ainda ser desconhecida, ela não deve ser muito diferente da apresentada nos outros países. (LESSA, 1999)

Sob a ótica motora e em termos de manifestações clínicas, a hemiplegia ou paralisia de um hemicorpo é o sinal clássico decorrente de um Acidente Vascular Cerebral. Além desta, outras manifestações pode ocorrer como os distúrbios sensitivos, cognitivos, de linguagem, de equilíbrio, força muscular e do tônus postural1. (BASMAJIAN, 1987)

A reabilitação destes pacientes é na maioria das vezes, um grande desafio. Os esforços para minimizar o impacto e para aumentar a recuperação funcional após AVC têm sido um ponto importante para os profissionais de reabilitação.

É consenso na literatura atual que a fraqueza muscular, caracterizada pela incapacidade do músculo em gerar força nos níveis considerados normais é uma séria limitação à função e à reabilitação, atrasando muitas vezes o ganho funcional dos pacientes hemiparéticos crônicos ao longo da terapia.

A fraqueza muscular é uma das alterações mais significativas presentes após o AVC e um fator limitante para a recuperação funcional. O fortalecimento muscular não tem sido muito utilizado na reabilitação após o AVC porque se acreditava que haveria uma interferência na coordenação e no timing do controle motor, exacerbando a restrição imposta pelo músculo espástico e reforçando os padrões anormais de movimento. Não há evidências científicas que suportem tal afirmação. (SALMELA; OLIVEIRA et. al. 2000 e TRÓCOLI; FURTADO 2008).

A Importância do Prontuário Para o Profissional de Saúde

            Introdução
Prontuário é composto pelo cadastro pessoal do paciente, sua história clínica, exames laboratoriais, parecer de outros profissionais de modo a documentar a prestação de serviços.

É importante sempre lembrar que o prontuário é um instrumento de defesa legal. É uma peça fundamental tanto no processo ético quanto no judicial, pois comprova a exata assistência, o numero de visitas efetuadas e o encaminhamento de especialistas ou a especialistas, itens fundamentais para comprovar que foi efetuado o atendimento correto.

Diagnóstico Cinesiológico Funcional: Diagnóstico do fisioterapeuta

Introdução
Existe uma diferença entre o diagnóstico médico e o diagnóstico fisioterapêutico. Não no processo em si – é o mesmo em ambos os casos – mas nos fenômenos que estão sendo observados e classificados. O fisioterapeuta não identifica a doença no sentido da patologia básica, mas grupos de sinais e sintomas relacionados a comportamentos motores e limitações funcionais físicas do paciente. Desta forma, o diagnóstico médico encaminhado ao fisioterapeuta não fornece esclarecimentos suficientes para fundamentar o processo de tratamento.

A essência da fisioterapia é a restauração da função do movimento e da postura e a natureza dos fenômenos envolvidos na disfunção do movimento e da postura é que constitui o foco da intervenção do fisioterapeuta e o esquema de classificação diagnóstica. Enquanto o médico trata de uma questão patológica básica fundamental e primária, o diagnóstico do fisioterapeuta está ligado a função.