Ausculta Pulmonar Básica

Sons de uma respiração normal

A respiração produz turbulência aérea e vibração das estruturas pulmonares produzindo os sons da respiração. Observamos que ainda não existe uma unidade de conceitos e classificação desses sons.

 SOM TRAQUEAL


É o som produzido na traquéia pela passagem do ar e é audível na região anterior do pescoço sobre a traquéia. Alguns autores dão o nome a este de som bronquial, uma vez que é muito semelhante e de praticamente mesma sonoridade.

SOM BRONQUIAL



O som bronquial corresponde ao som traqueal audível na zona de projeção de brônquios de maior calibre, na face anterior do tórax, nas proximidades do esterno. È chamado de murmúrio brônquico.


SOM VESICULAR



O som vesicular é formado pela passagem do ar pelo parênquima pulmonar (como dos bronquíolos para os alvéolos). .É caracterizado por uma inspiração de intensidade de duração maior, bem audível, suave, e, logo a seguir, uma expiração curta e pouco audível. È chamado de murmúrio vesicular e é ouvido normalmente na maior parte do tórax. 


SOM BRONCOVESICULAR



Neste tipo de respiração, somam-se as características brônquicas com do murmúrio vesicular. Deste modo, a intensidade e a duração da inspiração e da expiração têm igual magnitude, ambas um pouco mais fortes que no murmúrio vesicular, mas sem atingir a intensidade da respiração brônquica. È chamado de murmúrio broncovesicular.


reabilitação físico-funcional nas lesões do plexo braquial

Introdução

As lesões do plexo braquial têm graves repercussões no contexto familiar, profissional e qualidade de vida dos indivíduos acometidos, prejudicandoos consequentemente na realização de habilidades funcionais. Em vista disso, todos os esforços da reabilitação física são dirigidos para torná-los o mais independente possível. Após a lesão total da fibra nervosa, ocorre uma degeneração que acontece a partir do Nódulo de Ranvier distal do coto proximal da fibra (Degeneração Walleriana).

A reabilitação sensório-motora é consenso entre os autores engajados em pesquisas que objetivam a recuperação funcional dessa população. A fisioterapia tem como metas manter a amplitude de movimento articular, retardar a atrofia muscular por desuso e reeducar os grupamentos musculares.

Anatomia

O plexo braquial é formado pela união dos ramos anteriores de C5 a T1, emergindo entre os músculos escaleno anterior e médio. Em muitos casos recebe a contribuição de C4, quando é chamado de pré-fixado. Nos casos em que esta contriuição é de T2, chamamos de pós-fixado. Os ramos posteriores das raízes não fazem parte do plexo braquial e inervam a musculatura do pescoço.

A complexa formação do plexo braquial inicia-se com o tronco superior, que resulta da união das raízes de C5 e C6. O tronco médio corresponde a raíz de C7, e o tronco inferior se origina das raízes de C8 e T1. Cada tronco se subdivide em uma porção anterior e posterior.

A divisão anterior do tronco superior e do médio forma o fascículo lateral, a divisão posterior dos três troncos origina o fascículo posterior e a divisão anterior do fascículo inferior continua como fascículo medial. Os fascículos estão localizados na região infraclavicular profundamente ao músculo peitoral menor, e recebem estas denominações por sua relação anatômica com a artéria axilar.

Outra relação importante com o plexo braquial é o gânglio simpático que se encontra logo abaixo da raíz T1, que é chamado gânglio cervicotorácico ou estrelado, e mantém comunicações com T1. Lesões desta região acarretam a diminuição do sistema simpático, levando ao predomínio do parassimpático, resultando em ptose palpebral, enoftalmia e miose. Este conjunto de sinais é denominado Claude-Bernard-Horner.

O nervo frênico não faz parte do plexo braquial, é formado por ramos de C4 e algumas vezes também recebe fibras de C5, situa-se medialmente ao plexo, sobre o músculo escaleno anterior, e sua identificação é importante no ato cirúrgico.

Os primeiros nervos originados do plexo braquial, logo após o forame vertebral, são o nervo dorsal escapular, ramo de C5 que inerva o músculo elevador da escápula, rombóides maior e menor; o nervo torácico longo, formado por ramos de C5, C6 e C7, inerva o músculo serrátil anterior.

reabilitação funcional em fratura diafisária de fêmur fixada com haste intramedular na fase hospitalar


 Introdução
A técnica cirúrgica caracteriza-se por uma fixação utilizando dois parafusos proximais e dois parafusos distais sobre uma haste intramedular. Geralmente essa intervenção cirúrgica é utilizada em pacientes com fraturas graves como as diafisárias e cominutivas do fêmur. Essa técnica permite uma união das fraturas de mais de 99%, estatísticas associadas à velocidade de recuperação, de deambulação, movimentação do joelho e tempo de permanência no hospital.

Baseados nesses excelentes resultados alguns ortopedistas aderem a essa técnica a fraturas que normalmente consolidar-se-iam muito bem com apenas o tratamento conservador, evidenciando a necessidade de avaliação e determinação da melhor técnica para cada paciente com maior critério.

Objetivos de Tratamento da Fisioterapia
Os objetivos primordiais da reabilitação no paciente fraturado devem visar principalmente o alívio da dor, redução de edema, manter ou restaurar a amplitude de movimento das articulações, preservar a velocidade de consolidação da fratura pela atividade e retornar o paciente à função o mais precocemente possível, é de fundamental importância que este tratamento se dê o mais rápido possível após o ato cirúrgico, para que os resultados sejam mais significativos e mais rápidos.

Minimizar os efeitos deletérios da Síndrome da Imobilidade, muitos deles podem colocar a vida do paciente em risco. Acker, Murphy & D`Ambrosio (1995), relatam que há muito tempo atrás pesquisadores ligados a reabilitação já sugeriam a existência de uma síndrome da imobilização, síndrome esta resultante do prolongado repouso e imobilização devido a enfermidades e traumatismos, sendo que a base da síndrome é um desequilíbrio da relação normal entre o repouso e a atividade física, dois processos biológicos que são essenciais à preservação da condição física ótima nos homens.

Os efeitos deletérios têm por alvo sistemas e órgãos do corpo humano. O respiratório e o sistema digestivo são alterados frente ao repouso prolongado, a fisioterapia tem como objetivo nesta fase da reabilitação, minimizar as seqüelas do P. O encontradas no paciente em reabilitação ambulatorial, além de acelerar a recuperação funcional do paciente em fase hospitalar, visando um retorno mais breve as suas atividades de vida diária, prevenindo com isso os efeitos deletérios da imobilização.Os principais riscos:

Fisioterapia Paliativa Onco-Funcional Em Pacientes Com Dor Oncológica


 INTRODUÇÃO
Cuidados Paliativos são conhecidos como abordagens que melhoram a qualidade de vida dos indivíduos e familiares na presença de doenças terminais. Controle dos sofrimentos físicos, emocionais, espirituais e sociais são aspectos essenciais e orientadores do cuidado.

Historicamente os cuidados paliativos eram oferecidos essencialmente aos indivíduos com câncer, entretanto, esse tipo de assistência ganhou prestígio e cresceu o interesse em oferecê-los aos indivíduos portadores de doenças terminais. (SILVA; HORTALE, 2006).

Segundo a Associação Brasileira de Cuidados Paliativos (ABCP), no Brasil a pesar dos dados não serem oficiais, existem cerca de 31 serviços de cuidados paliativos. O Brasil ainda não possui uma estrutura pública de cuidados paliativos oncológicos adequada à demanda existente, tanto sob o ponto de vista quantitativo e qualitativo. Em pior situação encontra-se o subsetor privado de saúde. Preocupante é reconhecer que a maioria dos indivíduos com câncer procura a rede pública de saúde quando a doença já está em estágio avançado e elegível apenas para os cuidados paliativos. (SILVA; HORTALE, 2006).

A Fisioterapia Paliativa aborda o paciente terminal em seus aspectos éticos e filosóficos exigidos no tratamento desses pacientes, intervindo positivamente nos cuidados analgésicos, nas intervenções sintomáticas psicofísicas, complicações osteomioarticulares ou qualquer complicação que o paciente venha a desenvolver e a Fisioterapia possa ser útil. (MARCUCCI, 2005).