Introdução
A oxigenoterapia é a administração de oxigênio em uma concentração maior do que a encontrada na atmosfera ambiental. Ao nível do mar, a concentração de oxigênio no ar ambiente é de 21%. Uma fração 30 a 50% de FiO2 é facilmente conseguida com uma taxa a partir de 2 l/min. de oxigênio.
O transporte de oxigênio para os tecidos depende de fatores tais como débito cárdico, conteúdo de oxigênio arterial, concentração de hemoglobina e demandas metabólicas. Esses fatores devem ser considerados quando a oxigenoterapia é considerada. Os pacientes que necessitam de níveis altos de FiO2 são tratados com pressão expiratória final positiva (PEEP) em baixas concentrações de O2, objetivando melhorar a oxigenação e a SaO2.
A indicação mais comum é a redução na pressão arterial de oxigênio, devido a trocas gasosas pulmonares anormais. A oxigenoterapia é utilizada em pacientes que apresentam hipoxia tecidual onde a pressão parcial de oxigênio está diminuída. O objetivo do tratamento é aumentar a PaO2 (pressão arterial parcial de oxigênio no sangue) e a SaO2 (saturação de oxiemoglobina arterial), aumentando dessa maneira a CaO2 (conteúdo do oxigênio arterial) e assegurando uma liberação adequada de oxigênio.
Respaldo Legal para Oxigenoterapia e a Ventilação Mecânica pelo Fisioterapeuta
A administração do oxigênio associado ou não a ventilação mecânica pelo fisioterapeuta com finalidade terapêutica está fundamentada legalmente na resolução COFFITO-8, Capítulo I, Disposições preliminares, lê-se:
Artigo Terceiro – Constituem atos privativos do fisioterapeuta prescrever, ministrar e supervisionar terapia física, que objetive preservar, manter, desenvolver ou restaurar a integridade de órgão, sistema ou função do corpo humano, por meio de:
I – Ação, isolada ou concomitante, de agente termoterápico ou crioterápico, hidroterápico, AEROTERÁPICO, fototerápico, eletroterápico ou sonidoterápico, determinando:
a) O objetivo da terapia e a programação para atingi-lo;
b) A fonte geradora do agente terapêutico, com a indicação de particularidades na utilização da mesma quando for o caso;
c) A região do corpo do cliente a ser submetida à ação do agente terapêutico;
d) A dosagem da frequência do número de sessões terapêuticas, com a indicação do período de tempo de duração de cada uma;
e) A técnica a ser utilizada.
Indicações da Oxigenoterapia
Dispnéia ou taquipnéia podem ser um dos primeiros indicadores da necessidade de oxigenoterapia. As alterações na frequência ou padrão respiratório podem resultar de hipoxemia ou hipóxia. A hipoxemia é uma diminuição na tensão do oxigênio no sangue arterial.